28 de setembro de 2015

Circuito das Estações - Etapa Outono

   Neste ultimo fim de semana estava inscrito para participar da II Corrida pela Paz no Transito do DETRAN e do Challenge no Rei e Rainha do Mar, contudo as coisas saíram um pouco diferente!

  Minha esposa e meu pai estavam inscritos no circuito das estações e nenhum deles iria participar, em vista disto ofereci a inscrição para um amigo e o mesmo disse que só iria se eu o acompanhasse. Avaliei os prós e contras e resolvi seguir para o Aterro, afinal chegar em Copacabana depois seria muito mais fácil dali do que sair da Quinta da Boa Vista, porem a corrida da Quinta seria exclusiva, já que o máximo que fiz por lá foi treinar.

  Marquei com o amigo de fazer os 5K num ritmo forte e ganhar a vida em direção a principal prova do dia. Nesta postagem vou me prender somente ao primeiro evento.

  Cheguei no Aterro por volta das 7 da matina e já estava muito calor, tempo muito quente e seco! Fui para o local de encontro e nada do amigo aparecer e bem na hora marcada ele me ligou informando que a esposa passou mal e o jeito foi seguir sozinho.

  Deixei o material no guarda-volume e fui aquecer\alongar com a organização. Acho que foi a primeira vez que prestei atenção nesses alongamentos antes da largada. O mesmo levou cerca de 10 minutos e foi da forma correta, bem dinâmico e lúdico.

  Após este segui para a área de largada e o local destinado era o pelotão azul, logo atrás do pelotão Quênia, que é o mais da frente. Contudo esses pelotões de nada servem, pois a organização, mesmo presente se faz ausente e não cuida a galera entrando ou burlando, por falar em burlar, o respeito não existe! É criança, idoso e outras pessoas que não tem a minima condição de estar la na fronte tentando aparecer e correndo o enorme risco de ser atropelado!

  Antes da largada encontrei meu primo, que apesar de morar na mesma cidade e numa distância menor que 15 quilômetros, não o via a muitos anos!

  Caprichei um pouco mais no aquecimento e depois me posicionei para a largada. O objetivo era virar todos os Ks sub-5'  Mas o calor não ajudou muito! Olhem as parciais:

K1 -> 5'02"
K2 -> 5'05"
K3 -> 4'59"
K4 -> 4'59"
K5 -> 4'57"

  Fechando com um tempo total de 25'03" Mas que a organização marcou como 24'53"

 A prova não tem segredo, foi no mesmo percurso de sempre e com a mesma hidratação, nada muito diferente, salvo que começo a ver esta prova menos inchada, creio que com a saída da adidas como patrocinador master a galera abandonou um pouco a prova, ou seria devido ao valor elevado demais das inscrições?

  Foi isso! Depois sigo com o relato do Rei e Rainha do Mar! Fiquem com algumas fotos!






20 de setembro de 2015

Festival Aloha Spirit

 Neste último sábado fui disputar minha quinta prova de natação no mar, os 3000 metros do Festival Aloha Spirit!

 No início do ano embarquei de vez na natação e perdi um pouquinho do medo que tenho do mar aberto. O conjunto treinos-rotina-encorajamento me deram força para não temer tanto o mar e sim respeita-li sempre.

 Nesta prova me inscrevi para participar da disputa dos três mil metros, que consistiam em três voltas num circuito cônico na praia do Leme, em Copacabana.

  Encontrei alguns amigos e de mansinho fui observando o mar e até entrei antes para sentir a temperatura da água, não tenho roupa de borracha, então é bom já ambientar antes da largada.

  Ao som de um forte ALOHA foi dada a largada e de praxe esperei um pouco a galera entrar e logo fui atrás da turma em busca da primeira boia que estava a cerca de 400 metros.

 Assim que entrei na água já tomei um belo caxote que tirou meu óculos, tive que parar ajustar e voltar a encarar o mar com mais cuidado e o coração já na boca. Passei a arrebentação, que estava alta, e comecei com as primeiras braçadas. Mas a respiração não encaixava e minha afobação em acertar tudo acaba com minha tranquilidade.

 Insisti e dei mais algumas braçadas com a respiração totalmente errada e sem encaixar, até que olhei para o lado e vi outro atleta que nadava livre e depois peito. Logo percebi que aquilo poderia me ajudar e comecei a nadar alternadamente os dois estilos, em questão de alguns minutos já conseguia nadar com a respiração menos afobada.

 Passei a primeira boia e mirei asegunda que estava bem longe, logo começou a forte ondulação e por vezes quase me afoguei ao respirar, mas com o tempo fui corrigindo isso e prestando mais atenção ao respirar.
 Com dificuldade e fazendo força contornei mais uma boia e segui rumo à praia para completar a primeira volta. Mas até lá foi uma eternidade e a cabeça já estava fraca e uma parte pensava:
- Só essa volta e chega!

 Enquanto outra parte dizia:
- Mas semana que vem tem o Rei e Rainha e lá são 3500 sem sair da água.

 Segui firme com as negociações, pesando os pontos positivos e negativos de seguir em frente. Para sair não estava fácil e cheguei na areia com certa dificuldade para transpor a arrebentação mais uma vez. Caminhando até o local de controle decidi, por 51% a 49%, que não seguiria na prova e enquanto água no controle e iria anunciar minha desistência chegou outra atleta da mesma categoria.
 O cara não apresentava o corpo que todos imaginam, assim como eu, de um atleta, contudo ele nem chegava perto, como eu, disto! Mas o cara virou pra mim e disse:
- Essa parada de sair da água me quebra; por mim tinha que ser tudo direto; mas vamos lá, só faltam duas!

 Não pensei duas vezes e segui com o cara! Incrivelmente passei com certa facilidade a arrebentação e aí sim, pela primeira ve, eu comecei a prestar atenção na prova! A tranquilidade aflorou e a respiração ficou perfeita, a injeção de ânimo que o cara me deu foi máxima! 

 Nesta volta percebi o quanto é fácil nadar, percebi o conjunto respiracao-bracada-pernada funcionar, coisa que nem na piscina me atentei. Fiquei de olho no cara o tempo todo, eu estava bem mais rápido e seguia na frente, mas a todo momento olhava para trás e cuidava o cara, ele seria minha força até o final.

 Sai da água cerca de três minutos antes dele no final da segunda volta. Corri e peguei água para ele e o aguardei na areia. O cara bebeu a água e disse:
- Que bagunça! Não tem ninguém cuidando se eu vou burlar a prova ou não; mas não vou fingir, pois semana que vem tem mais 3,5k aqui mesmo!
- Verdade! Eu também estarei aqui - respondi!
- Então vamos!

 Antes de cair na água olhei o relógio e já vi marcando 2600 metros, logo percebi que o percurso daria maior que 3000 metros! Mas não fingi! E nesta volta segui tão tranquilo que fui prestando atenção na paisagem da orla, dos morros, do céu e tudo mais, foi incrível, fiz a volta sem perceber, passou tão rápido enquanto eu me distraia!

 Completei e esperei o cara na areia mais uns três minutos e terminamos juntos! Fomos os últimos atletas a sair da água e completamos o percurso em 01:40' com a distância total de 3865 metros e na pilha que eu estava daria mais uma volta tranquilamente!

 Enquanto recebíamos a medalha agradeci pelo apoio e disse o bem que ele me fez. Incrivelmente o cara com corpo nada atlético me contou que faz ate 10.000 (isso mesmo 10 quilômetros) no mar! Muito top, sei que não devo julgar as pessoas pelo porte físico, mas com a cabeça confusa como estava foi totalmente sem querer.

 Sobre a prova até o final da segunda volta estava legal, mas ao terminar a segunda precisei pedir que buscassem água, a organização já tinha me abandonado e nem sabia que eu ainda ia dar mais uma volta, fiz a última volta sem nenhum apoio ou segurança da organizadora e ao terminar a prova não tinha nem água nem nada para beber! Sem contar que se eu quisesse terminar a prova na primeira ou segunda volta eles nem iam perceber que eu não fiz tudo!

 Agora é só focar para que tudo fique bonito no Rei e Rainha no próximo domingo! Quero agradecer ao meu aluno e amigo Francisco Carneiro que ficou sozinho até o final na chegada me aguardando e a galera do grupo Freak Swimmers que sempre tiras as minhas duvidas.

















13 de setembro de 2015

Projeto Braços Abertos - Etapa Jacarezinho

 Fala galera! Vamos falar de mais uma super prova pelas vielas de mais uma comunidade ocupada pelas forças de Paz do Estado do Rio de Janeiro.

 Primeiramente eu não iria nesta prova, o programado era seguir num bate e volta ate a Vila de Maringa em Maromba para participar de mais uma etapa do Campeonato Fluminense do Corridas de Montanha, contudo a chuva que não dava tregua desde quinta-feira a noite aumentou demasiadamente na tarde de sabado e ficou mais forte durante a madrugada. Acordei no horario programado para partir, mas preferi não encarar a estrada e uma serra sozinho, por precaução resolvi ficar e acompanhar meu irmão nesta corrida no suburbio carioca.

 A comunidade do Jacarezinho fica situada na zona norte carioca, as margens da antiga avenida Suburbana e esta ocupada pela UPP a alguns anos. ano passado tambem fui nesta corrida e gostei muito, não pelo ja consagrado evento Projeto Braços Abertos, mas sim pelo percurso e pelos moradores que são mais sorridentes e festeiros que em outras comunidades.

 Ano passado a corrida foi totalmente plana, com apenas uma ladeirinha que nem esquentava e com base nisto larguei forte. Após pegar um engarrafamento nos primeiros 150 metros joguei o ritmo la embaixo e fui virando abaixo de 4'30"\K para fechar o K1 abaixo de 5'

 Mas este esforço foi demasiado, pois nao contava com a "subidinha" do K2. Foram cerca de 80 metros de subida em menos de 300 metros de extensão. Foi bem puxado! Sendo assim esse K foi com ritmo la em cima! Mas depois dele passei os outros 3K abaixo de 5' fechando a prova em 25'56"

 Mesmo com a surpresa, eu gostei da prova! A diversão foi muito boa, inclusive com a agua que não parava de cair!

  Seguem algumas fotos:



  Agora é treinar muito a natação, pois semana que vem tem duas travessias: uma em Itaipu e outra no Leme. Vamos com tudo